Turismo é o deslocamento de pessoas de seu domicílio cotidiano, por no mínimo 24 horas, com a finalidade de retorno, segundo definição da OMT – Organização Mundial do Turismo. Trocas de experiências entre os viajantes e a população local. Essa parece ser a essência mesma do turismo, pois, principalmente com as novas tecnologias, quase tudo se poderia fazer sem sair de nosso ambiente, tanto descansar quanto aprender uma língua estrangeira. Em principio, portanto, as pessoas só decidem viajar se e quando querem entrar em contato com outros costumes e maneiras de viver, com outros povos e culturas, com outras realidades.
De uma forma bem ampla, pode-se dizer que todo turismo é cultura. O turismo de massa trouxe novas formas de se fazer turismo sem que se tenha, efetivamente, que se sair de seu próprio ambiente. A idéia é que não é o que se vê, mas como se vê, que se caracteriza o turismo cultural.
O patrimônio cultural é tudo aquilo que constitui um bem apropriado pelo homem, com suas características únicas e particulares.
Às vezes, a solenidade atribuída ao termo patrimônio sugere que se façam parte apenas os grandes edifícios ou grandes obras de arte, mas o patrimônio cultural abrange tudo que constitui parte do engenho humano e, por isso, pode estar no cerne mesmo do turismo.
O turismo tende a considera o patrimônio cultural como aquele que se volta para certos tipos de atividades mais propriamente culturais, tais como as visitas a museus, a cidades históricas ou a roteiros temáticos.
Ainda que a política de patrimônio cultural tenha preservado muito desigualmente os bens culturais, com o predomínio do grandioso e rebuscado em detrimento daquilo que representa os costumes e anseios de muitos, não cabe dúvida de que o contato direto com museus, edifícios e artefatos históricos permite uma salutar abertura para a variedade cultural, no passado e no presente.
Em certo sentido, o folclore pode ser considerado como a expressão cultural mais legítima de um povo, sua alma expressa de forma figurada em mil histórias e rituais que, além de encantarem o turista, permite que se trave contato direto com as muitas manifestações de identidade.
As viagens permitem não apenas conhecer outras realidades, mas perceber e valorizar a grande e rica diversidade cultural brasileira. A cidadania só constrói com o reconhecimento e respeito pelas muitas formas de se viver e de se pensar o mundo.
O turista atento à cultura apreciará melhor seus interlocutores locais e seus costumes, aproveitará melhor seu lazer e poderá valorizar a diversidade cultural, contribuindo, dessa forma, para a formação de uma cidadania mais critica. Não apenas consumidores passivos da cultura, mas poderão interagir com as diversas manifestações culturais.